Brasileiros participam do Mundial na Hungria

Danilo Fagundes na corrida / Foto: UIPM/Virág Buza

Hungria - Foi uma disputa típica de ano pré-olímpico: acirradíssima! Oitenta e oito pentatletas se reuniram em Budapeste nesta quinta-feira, 5, atrás de uma das 36 vagas da final masculina do Campeonato Mundial de Pentatlo Moderno. A relação atleta/vaga era de quase 3 atletas para cada vaga na grande  disputa de sábado, 7, na capital da Hungria.
 
O Brasil esteve representado no evento por três grandes nomes do Pentatlo Moderno do país: Danilo Fagundes, de 31 anos, que ficou em 59º, depois de somar 1.064 pontos; Felipe Nascimento, 26, o 69º, com 1.032 pontos; e William Muinhos, 26, o 76º (1.009). Eles foram divididos em três grupos, com Felipe e William ficando no primeiro e Danilo no segundo.
 
Para chegar às respectivas pontuações, Felipe somou 202 pontos na luta com a espada da esgrima, William 186 e Danilo 160.
 
Na natação, Felipe nadou os 200 metros estilo livre em 2min03s92, convertidos em 303 pontos. Danilo cravou os 2min06s81, que lhe renderam 197 pontos e William fez 2min09s56 (291).
 
No laser-run, Danilo completou as quatro séries de 800 metros de corrida, intercaladas com cinco acertos de tiro a laser em 11min33s91, que lhe garantiram 607 pontos. William terminou a prova em 12min48s72, somando 532 pontos, e Felipe em 12min53s22 (527).
 
Assim como os demais pentatletas, o trio brasileiro não encarou o hipismo. Os saltos com o cavalo só estão presentes em eventos do Pentatlo Moderno que medalham.
 
Revezamento - As provas do Mundial da Hungria estão acontecendo na Ludovika Aréna (esgrima tradicional e natação) e no Kincsem Park (esgrima bônus, hipismo e laser-run). A segunda instalação foi transformada em uma verdadeira arena de Pentatlo Moderno, com as cinco provas reunidas em um mesmo lugar. No entanto, apesar de uma piscina provisória ter sido instalada no lugar, ela apresentou problemas e ainda não foi usada no torneio.
 
As disputas por lá começaram na segunda, 2, com as primeiras medalhas sendo distribuídas no revezamento feminino. Na ocasião, as mexicanas Mayan Oliver e Mariana Aercero (campeã dos Jogos Pan-Americanos Lima 2019) levaram a medalha de ouro, depois de somarem 1.338 pontos. As húngaras Luca Barta e Kamilla Reti levaram a prata com 1.329 pontos e as sul-coreanas Unju Kim e Mina Jeong ficaram com o bronze (1.326).
 
Na terça, 3, os homens encararam o revezamento entre eles e o Brasil esteve representado por Danilo e William. Os brasileiros ficaram em 11º depois de conquistarem 1.427 pontos, na disputa que reuniu 19 duplas. Eles foram os melhores das Américas no evento, que ainda teve mexicanos e norte-americanos.
 
O ouro no revezamento foi para os alemães Patrick Dogue e Alexander Nobis, que chegaram aos 1.506 pontos. A prata foi para os sul-coreanos Jinhwa Jung e Woongtae Jun, com 1.482 pontos, e o bronze para os russos Aleksander Lesun (ouro em Rio 2016) e Danil Kalimullin (1.475).
 
Finais - O Mundial da Hungria segue nesta sexta, 6, com a primeira final individual, reunindo 36 pentatletas. O evento vai distribuir três vagas para os Jogos Olímpicos Tóquio 2020. Na final masculina serão outras três.
 
No domingo, 8, o torneio chega ao fim no mesmo dia em que é celebrado o Pierre de Coubertin Day. Na ocasião, vai acontecer o revezamento misto, uma prova tradicional na modalidade que a União Internacional de Pentatlo Moderno (UIPM) quer incluir no programa das Olimpíadas a partir de Paris 2024.
 
Durante o Mundial da Hungria também vai acontecer a cerimônia de premiação dos melhores do ano na modalidade. Pela primeira vez, a votação para os eleitos das quatro categorias (melhores atletas juniores e seniores) foi feita pela Internet. Os vencedores serão conhecidos em um jantar de gala no sábado.
 
Em Budapeste, a delegação brasileira esteve acompanhada do técnico Marcus Abreu. Todos os três competidores brasileiros recebem o benefício da Bolsa Atleta, do Ministério da Cidadania. Felipe, que competiu em Rio 2016, também integra o programa Time PE, do Governo do Estado de Pernambuco. Ele e William ainda são militares, ambos com a patente de Terceiro Sargento, com o primeiro sendo da Comissão de Desportos da Aeronáutica (CDA) e o segundo da Comissão de Desportos da Aeronáutica (CDA).
 
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