Evandro e Bruno Schmidt miram Mundial de vôlei de praia

Evandro e Bruno Schmidt miram Mundial de vôlei de praia / Foto: Divulgação/FIVB

Polônia - Quando a última bola caiu e Evandro e Bruno Schmidt fecharam o tie break da etapa polonesa do Circuito Mundial neste domingo (16.06), diante dos noruegueses Mol e Sorum, que estavam 23 jogos sem perder, os brasileiros tiveram a certeza que fizeram a escolha certa há quatro meses, quando passaram a atuar juntos. 
 
A parceria já havia feito bons torneios na temporada internacional, já havia ganho etapas do circuito nacional, mas o ouro em Varsóvia não poderia ter vindo em melhor hora. Afinal, daqui a pouco mais de 10 dias, estrearão no Mundial, principal competição do ano, com a confiança de que podem estar novamente no lugar mais alto do pódio.
 
Evandro e Bruno Schmidt chegarão ao Rio de Janeiro nesta terça-feira (18.06) e já iniciarão, no mesmo dia, a preparação para o Mundial. Tudo para manter o alto rendimento e não deixar brecha para os adversários. Sejam eles estrangeiros ou os “rivais” na corrida olímpica.
 
“Foi mais um passo que demos no ranking do circuito e mais um na corrida olímpica. Temos muitos torneios pela frente, um Mundial agora, o mais importante da temporada, e não tem nada decidido. Comemoramos esse resultado, sim, sem oba-oba, mas já estamos com a cabeça no próximo objetivo. Chegamos amanhã ao Rio e já temos treino. Não estamos pensando em parar os noruegueses. Não temos a intenção de parar nenhuma dupla. Queremos é jogar sempre bem e, se possível, sair com a vitória contra quem seja”, afirmou Evandro.
 
Com os bons resultados, a parceria abriu mil pontos à frente dos segundos colocados na corrida olímpica (3.080 x 2.080), que definirá os representantes do Brasil em Tóquio 2020. Mas mantém o foco e sabe que ainda existe muita margem para evoluir.
 
“Ainda estamos atrás de nosso principal objetivo e não estamos satisfeitos com muita coisa. Sabemos que precisamos melhorar, mas já estamos vendo onde nosso time pode ir. E a evolução tem sido contínua. Fizemos uma etapa muito boa na China, outra etapa boa na República Tcheca. Batemos na trave lá, na semi, por uma situação onde o adversário teve muito mérito. Tínhamos vantagem no tie break e os russos conseguiram virar. Então, aos poucos, estamos impulsionando nossa dupla para o máximo que a gente pode”, analisou Bruno, elegendo a vitória na Polônia como marcante para a história da parceria.
 
“Esse torneio aqui foi legal porque acrescentou viradas, superação, ao nosso histórico. Eu tive um problema estomacal muito forte, acabei desidratando, indo para o soro para recuperar. Nos jogos, a partir do round 2, iniciamos com um set atrás. E foi bom no aspecto que nossa dupla, por ter um tempo curto de preparação, precisa passar por situações que farão ela crescer. E aqui provamos que podemos reagir a situações adversas. Foi a retórica desse torneio. Buscamos a reação e duplas que querem objetivos grandes precisam saber reagir em todas as situações. Jogar quando está tudo bem, é gostoso, mas é fácil. Saber lidar com os problemas é a essência do vôlei de praia, onde não podemos ser substituídos. Foi muito legal. Tivemos paciência, agressividade na hora certa e aprendemos muito”.
 
Evandro e Bruno Schmidt vão em busca, a partir do dia 29 de junho, do primeiro título mundial jogando juntos. No entanto, ambos já foram campeões da competição, realizada de dois em dois anos. Na última edição, em 2017, Evandro levou o ouro. Antes, em 2015, foi Bruno Schmidt que ocupou o lugar mais alto do pódio.
 
 
 
 

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