Francisco Barreto é quinto na barra fixa

Ginástica masculina mostra evolução e encerra participação nos Jogos Rio 2016 com três medalhas / Foto: RicardoBufolin/CBG

Rio de Janeiro - Com uma apresentação segura de Francisco Barretto na final da barra fixa, a ginástica artística masculina brasileira se despediu dos Jogos Olímpicos Rio 2016 na tarde desta terça-feira, 16 de agosto, com o melhor resultado de sua história: sexta colocada por equipes – e logo na primeira vez que classificou uma equipe para os Jogos –, conseguiu ainda colocar seus cinco atletas em finais individuais, com três deles conquistando medalhas.
 
A prata de Arthur Zanetti nas argolas se junta ao ouro que ele conquistou em Londres 2012, até então a única medalha brasileira na modalidade. A prata de Diego Hypólito no solo se apresenta como símbolo de superação de um atleta que havia tentado e falhado por duas vezes antes, mas não deixou de acreditar. E o bronze de Arthur Nory, também no solo, aparece como uma surpresa bem-vinda de um ginasta de 22 anos, representando a renovação no esporte.
 
Além disso, Sasaki terminou na 11ª colocação no individual geral e Barretto ficou em quinto na barra fixa, com a boa pontuação de 15.208. Um resultado celebrado por um atleta que, a exemplo de Diego, só teve seu nome confirmado no dia 8 de julho, menos de um mês antes do início dos Jogos. “Confesso que sonhei com a medalha, mas estou realizado. Foi uma prova bonita aos olhos do público, mas cometi três erros que me custaram o bronze. Treinei tanto, a série estava tão encaixada nos treinos que acreditei que conseguiria. Acreditei até o fim na medalha. E mesmo com dois erros, se eu tivesse cravado a saída, acho que ela viria. Mas dei um pulinho que foi decisivo. Ginástica é assim mesmo. Eu estou feliz demais. Há três anos, achava que uma final olímpica era algo impossível. E aqui estou eu”, disse Francisco.
 
A medalha de ouro ficou com o alemão Fabian Hambuechen, com 15.766; a prata, com o americano Danell Levya, com 15.500; e o bronze com o britânico Nile Wilson, com 15.466. Aos 26 anos, Francisco já pensa no próximo ciclo olímpico, de olho em Tóquio 2020. “A minha felicidade é sair daqui sem dor, sem ter sofrido nenhuma cirurgia, amando o que eu faço, com vontade de treinar, com vontade de competir. Vou respeitar meu corpo. Mas se continuar assim, acho que fico até depois de 2020”, comentou o ginasta.
 
Mesmo longe de se aposentar, Francisco já deixa claro que espera grandes feitos das novas gerações. “A molecada que está vindo não vai passar pela dificuldade que a minha geração passou no início. Só tem que ter a maturidade e o compromisso que a gente tem. Antes, a gente treinava com aparelhos nacionais e competia lá fora com outros, isso atrapalhava muito. Agora o Brasil já está equipado, e ginasta precisa disso para evoluir: bons aparelhos. Agradeço ao COB, à Confederação Brasileira de Ginástica, ao Ministério dos Esportes e ao meu clube por isso. Que essa equipe possa sair daqui como espelho para a nova geração, e que ela seja ainda melhor do que a gente”.  
 

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