Distante, campo olímpico é aprovado com ressalva: 'muita areia'

Campo de golfe olímpico teve primeiro jogo no evento teste para a Rio 2016 nesta terça / Foto: Esporte Alternativo

Rio de Janeiro - Nesta terça-feira, em dia único, o campo olímpico de golfe recebeu seu evento teste, apenas com atletas brasileiros. A exibição, que não valia pontos para o ranking internacional, foi fechada ao público e apenas imprensa e convidados tiveram acesso ao local. 

Com décadas de experiências no golfe e já aposentado dos torneios internacionais, Rafael Barcellos, de 44 anos, foi um dos que pode estrear o campo hoje. Ele avalia a qualidade técnica do circuito.

"O campo está perfeito. É qualidade de primeiro mundo, acho que os profissionais do ranking mundial vão vir aqui e vão gostar muito. A dificuldade hoje não teve, que é o vento, então quanto esse vento entrar em jogo, aí sim você vai ver o quanto esse campo é difícil", explica o golfista. 
 
Ele, porém, faz uma crítica ao percurso. "A grama está perfeita. O único ponto que eu mudaria um pouquinho é a areia nos bunkers que estão perto do green, tem um pouquinho mais de areia", afirma. 
 
A brasileira Miram Nagl, que nasceu aqui mas viveu a vida toda nos Estados Unidos e agora mora em Berlim, concorda com o colega. "Sim, [tinha muita areia] no quatro eu acho. Não via a bola mais. Tem algumas coisas que eles têm que fazer alguns ajustes, mas está muito bom", declarou a atleta, que disse ainda que alguns buracos "estão muito longos". 
 
Rafael Barcellos dificilmente conseguirá a vaga que o Brasil tem direito no golfe, já que está fora dos torneios internacionais já há cinco anos, como ele mesmo conta. 
 
"Eu optei em não ter a corrida pela vaga olímpica. Eu fui um profissional que viajei muito, estou com 44 anos, então para participar da Olimpíada eu teria que estar jogando um circuito fora do país. E como eu estou com família, filho, faz uns cinco anos que optei por viajar menos, jogar torneios no Brasil, América do Sul...", explica o golfista.
 
Ele, porém, tem uma mínima chance. "Mas não estou completamente fora, porque agora a gente tem um evento em março, em São Paulo, que vai  valer para o ranking mundial. Se eu ganhasse esse torneio entraria nesse circuito e jogaria uns cinco ou seis torneios que eu poderia tentar uma vaga. Mas a vaga está bem encaminhada, entre três, quatro brasileiros, estão lutando por isso para poder representar melhor o nosso país", conclui. 
 
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