Spider no taekwondo gera polêmica entre atletas: 'pode ter briga e discussão'

Lucas Ferreira / Foto: Divulgação / MasTDK

Rio de Janeiro - A disposição do lutador de MMA Anderson Silva em fazer parte da seleção brasileira de taekwondo para disputar os Jogos Olímpicos de 2016 trouxe certa visibilidade para o esporte nessa semana. Mas, por outro lado, tem gerado certa polêmica entre os atletas que treinam há anos por uma vaga olímpica. 

Spider, que completou 40 anos nesta terça-feira, é faixa-preta na modalidade mas, segundo alguns atletas, não teria capacidade técnica para competir em alto nível no taekwondo e esperam que ele seja julgado pelo critério puramente técnico, para além da mídia que um dos maiores nomes do UFC possa trazer ao esporte. 

"O MMA tem uma dinâmica muito diferente do taekwondo e mesmo ele tendo anos de MMA, será muito diferente, dificultando ele conseguir resultados. Para ele conseguir uma vaga olímpica tem que entrar no processo seletivo. Caso ele queira realmente lutar, não é nada ético ele ter a vaga diretamente sem mostrar resultado", afirmou Guilherme Cezário Feliz ao Globoesporte.com. O atleta briga por uma vaga pelo ranking olímpico. 

Guilherme não crê que a Confederação Brasileira de Taekwondo (CBTKD) ceda à vaga. "Não acredito que a confederação ceda diretamente a vaga para ele, mas se o improvável acontecer, vai ter muita briga e discussão", apontou. 

Já Lucas Ferreira, que briga por uma vaga na categoria acima dos 80kg (como a de Spider), acha difícil ele se encaixar nos critérios técnicos. "Com certeza ele não está preparado para a disputa da vaga. Ele vai ter que disputar as seletivas nacionais, como qualquer outro atleta que tem esse sonho. Se ele provar que é merecedor da vaga, ganhando de todos atletas nacionais e os outros que estão na briga, ele tem um nome muito forte na mídia e seria muito bom", explica.

O problema seria, porém, o tempo. "Creio que ele não tem tempo hábil para isso, estamos a praticamente um ano dos Jogos e um atleta de taekwondo a nível internacional não se faz em tempo recorde assim. Eu e os outros atletas estamos há no mínimo dois anos correndoa trás", conclui.  

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