Velejadores esperam velocidade na estreia da classe Nacra 17 em 2016

Dupla australiana da classe Nacra 17 veleja no Rio de Janeiro durante a Regata Internacional de Vela / Foto: Rio 2016 / Alex Ferro

Rio de Janeiro - A classe Nacra 17 não poderia ter um cenário melhor para fazer sua estreia Olímpica. Velozes e espetaculares, os catamarãs com tripulação mista parecem ter sido projetados sob medida para o Rio de Janeiro. Nas águas da Baía de Guanabara, com o Pão de Açúcar e o Cristo Redentor ao fundo, as embarcações serão a grande atração da competição de vela nos Jogos Rio 2016.
 
 “É a mais espetacular das classes Olímpicas. Isso gera imagens fantásticas e, tendo o cenário maravilhoso do Rio, com as montanhas, o Pão de Açúcar e o Cristo como pano de fundo, tem tudo para ser um sucesso para a televisão e o público em geral e, com isso, tonar a classe mais popular”, afirma o australiano Darren Bundock, de 43 anos, medalhista de prata na classe Tornado nos Jogos Sydney 2000 e Pequim 2008.
 
Os catamarães da Nacra 17 têm um desenho exclusivo (wave piercing design), que permite à embarcação furar as ondas, diminuindo a resistência da água e atingindo uma velocidade maior do que os modelos convencionais. E não é só isso que a diferencia das outras classes Olímpicas da vela – é a única que possui embarcação multicasco e que conta obrigatoriamente com tripulação mista, formada por um homem e uma mulher. 
 
A expectativa é que a nova classe inspire mais mulheres a praticar o esporte, especialmente após sua estreia Olímpica nos Jogos Rio 2016, quando 20 duplas de países diferentes disputarão a prova. O campeonato mundial 2014, realizado em Santander, na Espanha, já classificou 10 barcos para a competição.
 
“A vela é um esporte historicamente masculino, mas nos últimos 15 anos temos visto um número cada vez maior de mulheres participando e conseguindo bons resultados. Espero que com a participação da Nacra 17 nos Jogos Rio 2016 e em Tóquio 2020, mais mulheres se animem para velejar, pois é um esporte muito divertido”, analisa a holandesa Renee Groeneveld, quarta colocada no Campeonato Mundial de 2013.
 
Em agosto deste ano, 36 atletas da classe Nacra 17 participaram da Regata Internacional de Vela, o primeiro evento-teste dos Jogos, na Baía de Guanabara. A competição, que contou com 18 catamarãs, só aumentou a expectativa dos velejadores para a grande estreia daqui a pouco menos de dois anos.
 
 “Foi muito bom velejar aqui, tanto para nós, brasileiros, quanto para os estrangeiros. O formato da regata foi um pouco diferente dos eventos internacionais, em que temos de 80 a 90 barcos. Aqui foram somente 18 e isso muda o estilo da regata e da estratégia. Foi importante fazer esse teste”, conta o velejador brasileiro Samuel Albrecht.
 

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