“Barbie” do BMX treina com homens para vaga olímpica

Priscilla Carnaval / Foto: Reprodução / Instagram

Rio de Janeiro – Priscilla Carnaval, segunda melhor atleta brasileira do ciclismo BMX, categoria rústica, disputada em uma pista cheia de rampas e obstáculos, possui um jeito curioso de treinar visando uma vaga nos Jogos Olímpicos do Rio: disputando lado a lado com os homens.
 
Ela explica que a inusitada escolha se justifica pela falta de provas femininas de alto nível no Brasil.  “O máximo que conseguimos no Brasil é competir com oito atletas. Lá fora você encontra 45, 50 mulheres todas no mesmo nível ou acima. Eles de certa forma ajudam a melhorar o meu nível. Homem não gosta de perder de mulher, então eles tem a agressividade”, conta a atleta de Sorocaba, interior de São Paulo.
 
Nas duas Olimpíadas anteriores, Priscilla não conseguiu a vaga. “Tenho esse sonho desde 2008, mas era muito nova e em 2012 tinha acabado de entrar na categoria profissional. Eu tenho que fazer dar certo e provar que é possível acreditar no seu sonho”, emenda.
 
Em paralelo, a integrante da equipe brasileira de BMX mantém a vaidade para além da cotoveleira e do capacete. “Eu gosto de passar lápis, delineador, batom. Gosto de me sentir bem”, relata a atleta ao Globoesporte.com.
 
 Sem uma pista de Supercross no Brasil que seja semelhante às competições internacionais e sem recursos para treinar fora, a solução de treinar com homens tem se mostrado a mais barata e eficiente. Priscilla disputa a única vaga olímpica do país no ciclismo BMX com Bianca Chinaglia, atualmente líder do ranking brasileiro.
 
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