Bruno Fratus exalta vaga de Ítalo, ainda desconhecido do público
Rio de Janeiro - No início da noite desta quarta-feira a natação brasileira definiu quem representará o país na modalidade nos Jogos Olímpicos do Rio. Na prova mais nobre da natação, os 50m livre, o destaque ficou pela ausência de César Cielo, que viu Bruno Fratus e o pouco conhecido Ítalo Manzine fazerem tempos melhores que o seu e garantirem suas vagas olímpicas, uma vez que o Brasil só pode levar até dois atletas por prova.
Para Bruno Fratus, dono da melhor marca do país no ano (21s50) e uma das melhores do mundo, é difícil ver Cielo fora. Mas, ao mesmo tempo, o nadador exalta o feito de Ítalo e destaca o comprometimento do atleta com seu objetivo.
"No caso do Ítalo ele se dedicou e acreditou no ideal dele. Ele trabalhou duro e se apegou ao objetivo dele e acabou conseguindo. Essa é a beleza do esporte. É inegável, eu sinto, mas esporte é isso", afirma Bruno.
Ítalo, que nunca havia nadado abaixo dos 22s, fez 21s82 e deixou Cielo fora. O novo nome do Brasil nos 50m livre nas Olimpíadas, curiosamente, começou a nadar cinco dias após o brasileiro ser campeão olímpico em Pequim 2008. Nesta quarta, no Maria Lenk, ele descreve como tomou conhecimento de que estava garantido na Rio 2016.
"Eu vi que eu estava muito junto do César. Aí na hora em que eu bati eu vi um segundo lugar ali, eu falei ‘o que que aconteceu?’. Eu vi o tempo, o tempo foi próximo do que eu estava querendo fazer, queria nadar pra 21.7s, nadei pra 21.82s. Fiquei feliz pelo tempo e depois assim, do tempo que eu olhei, e vi que eu estava na frente do César, alguns centésimos na frente do César e aí foi só comemorar", conta Ítalo.
Para o nadador, será o ápice da sua carreira. "Eu acho que é a realização de todo atleta, poder disputar as Olimpíadas. Algo que eu sempre sonhei, mas que era muito difícil aqui no Brasil. Há dois anos atrás ninguém acreditava. E é muita emoção, não tem como acreditar, a ficha nem caiu pra mim ainda, sabe. Estou muito desnorteado mas muito feliz", finaliza.
